
1. Problemas de entrega / dificuldade para comprar
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Há relatos recentes de compradores que demoram meses para conseguir a CB 300F Twister — mesmo com pagamento à vista. Em um caso, uma pessoa tentou comprar uma Twister vermelha por quase dois meses e só foi informada que não havia previsão de entrega. Reclame Aqui
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Isso indica que a demanda ou a distribuição da moto pode estar além da capacidade de entrega da fabricante/concessionárias — algo frustrante para quem não quer esperar ou depende do veículo com urgência.
2. Falhas de qualidade percebidas por alguns usuários (painel com defeito)
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Há reclamações documentadas de proprietários no Reclame Aqui afirmando que o painel da moto apresentou “mancha enorme” sem causas claras, mesmo com poucos meses de uso e manutenção em dia.
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Segundo um dos relatos no Reclame Aqui: “esta moto com 8 meses e está bem cuidada, com duas revisões e 6 mil quilômetros” e mesmo assim o painel falhou — e teria havido dificuldade de resolução com a concessionária.
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Isso sugere que a Twister, embora nova, pode não oferecer a robustez esperada em todos os componentes, o que preocupa quem busca confiabilidade.
3. Vibração em rotações mais altas e sensação de custo-benefício questionável para alguns
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Segundo avaliação publicada no We Motos, alguns pilotos relatam vibrações perceptíveis a partir de ~5.000 rpm, especialmente nos pés — o que pode incomodar em estradas ou trajetos um pouco mais longos.
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Além disso, há quem considere o preço da Twister relativamente alto para a categoria, o que diminui o argumento de “melhor custo-benefício” para quem compara com concorrentes.
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Ou seja: dependendo do uso que você pretende fazer, esse custo + eventual desconforto/vibração pode pesar — principalmente se não for “apenas urbano”.
4. Ausência de alguns recursos que hoje já são oferecidos por concorrentes
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Apesar das melhorias, segundo o Motoo o modelo brasileiro da Twister não traz suspensão dianteira invertida nem controle de tração, diferenciais apreciados por muitos motociclistas que buscam mais esportividade ou maior capacidade de domínio em ruas/estradas.
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Isso pode deixar a moto “mais simples” do que algumas rivais diretas — algo relevante especialmente se você busca desempenho elevado ou pilotagem mais agressiva.
5. Incerteza sobre longevidade real do motor e do conjunto diante de histórico de motos da marca
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Embora a fabricante informe que o motor da CB 300F Twister é diferente do da antiga CB 300R (cuja fama era negativa entre alguns motociclistas), ainda há quem comente com cautela, dizendo que “o motor é novo, então não sabemos como ele vai se comportar daqui a 5 anos” ( Reddit).
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Isso indica que, para quem pretende usar a moto por muitos anos ou pretende fazer viagens longas, existe um “risco de incerteza” quanto à durabilidade real de longo prazo — algo que só o tempo e o uso vão confirmar.

Para quem a Twister pode não compensar — e quando vale pensar duas vezes
Com base nesses pontos, a CB 300F Twister pode não ser a melhor opção se:
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Você precisa da moto imediatamente e não pode esperar por estoque/concessionária.
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Valoriza robustez e confiabilidade de componentes eletrônicos (painel, faróis etc.).
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Vai usar a moto com frequência em estradas ou viagens longas, onde vibração e conforto contam.
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Quer tecnologia máxima (suspensão invertida, controle de tração).
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Busca garantia de longevidade e menor risco de problemas futuros — ou prefere esperar para ver como o motor envelhece.
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Minha análise — vale a pena um “test-ride” com cautela
Em conclusão, a CB 300F Twister se apresenta como uma moto atraente: visual moderno, bom torque, consumo razoável e pedigree da marca. Mas os pontos acima indicam que ela não é perfeita — e talvez não valha para todos os perfis de piloto. Se eu fosse você (considerando que moro em Sumaré, SP, e pensando em uso misto: cidade + estrada), faria o seguinte antes de decidir:
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Test-ride com atenção a vibrações e conforto.
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Insistiria para ver o painel ligado por um bom tempo — verificar se não há falhas logo de cara.
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Pesquisaria a disponibilidade real nas concessionárias da região (se há estoque).
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Compararia com outras motos naked da mesma faixa de preço / cilindrada — para avaliar o que se perde em tecnologia vs. o que se ganha em custo.
Diego Pereira (Diego CM), apaixonado por motocicletas, um clássico e experiente viajante que já rodou metade do Brasil sobre duas rodas, com mais de 15 anos criando conteúdo para sites, blogs, Youtube e rede sociais.

