De onde vem a CFLite? Vamos falar um pouco sobre a CFMoto. O que começou em Hangzhou, China, no final dos anos 1980, como uma modesta fabricante de motores e peças, transformou-se ao longo do tempo em uma das marcas de motocicletas que mais crescem no mundo. Atualmente, eles não estão apenas tentando se atualizar — pelo contrário, estão competindo de frente com os grandes nomes do setor. Além disso, com a ajuda do design da Kiska (a mesma empresa austríaca que trabalha com a KTM) e com uma qualidade cada vez mais consistente, a CFMoto está se livrando do estigma que antes acompanhava as motos fabricadas na China.
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Por consequência, sua linha amadureceu rapidamente. De nakeds de alto desempenho, como a 800NK, a motos retrô estilosas, como a 700CL-X. A CFMoto mostrou que pode oferecer desempenho, design e tecnologia a um preço que frequentemente supera a concorrência. Nos Estados Unidos, por exemplo, eles construíram discretamente uma forte posição, especialmente com sua crescente linha de quadriciclos e side-by-sides, e agora também com suas motocicletas de tamanho normal.
CFLite Motorcycles e seu intuito global
No entanto, quando olhamos para o cenário global, especialmente no Sudeste Asiático e na América Latina, fica claro que a CFMoto busca mais do que participação de mercado: ela quer dominação. É justamente nesse contexto que a CFLite entra em cena.
A CFLite é a nova marca spin-off da CFMoto, focada inteiramente em motos de baixa cilindrada. Em outras palavras, trata-se de modelos com menos de 400 cc, projetados para os milhões de motociclistas que buscam algo confiável, acessível e estiloso, mas que não necessariamente precisam de muita potência ou de sistemas eletrônicos sofisticados. Portanto, são motos feitas para o mundo real — especialmente em mercados como Filipinas, Indonésia, Tailândia e partes da América do Sul, onde as motos pequenas ainda dominam as ruas e são essenciais para o transporte diário.
E na Makina Moto Expo 2025, nas Filipinas, a CFLite apresentou três modelos-chave que já estão gerando bastante burburinho. Vamos dar uma olhada mais de perto?
Dual 230
Uma bi-esportiva sem frescuras, para qualquer lugar, que prima pela simplicidade robusta. É movida por um motor monocilíndrico de 223 cc refrigerado a ar com e um carburador. Isso significa consertos fáceis, mesmo no meio do nada. Porém no Brasil não se enquadra, devido as leis de emissão de gases poluentes. Ela roda com rodas dianteiras de 21 polegadas e traseiras de 18 polegadas, o que lhe confere uma capacidade off-road legítima. Você também conta com freios a disco, garfo telescópico, suspensão traseira monoamortecida, painel digital e farol halógeno. Seu preço está a cerca de US$ 1.800, em conversão direta fica em torno de R$ 10.100.

250NK Lite
Esta é a sua moto urbana básica com um toque agressivo e esportivo. A 250NK Lite possui um motor de 249 cc refrigerado a líquido. Ela mantém a simplicidade com suspensão convencional, posição de pilotagem ereta, freios a disco dianteiros e traseiros e pneus CST que oferecem boa aderência para uso urbano. Um painel LCD limpo completa a moto. Por US$ 2.370 (aproximadamente R$ 13.400), é uma atualização econômica de uma scooter sem entrar no território das motos grandes.

250SR Lite
A 250SR Lite oferece um visual de moto esportiva sem o tamanho ou o preço intimidantes. Porque ela foi projetada para motociclistas iniciantes que desejam se aventurar no mundo das motos esportivas e vem equipada com guidão clip-on, carroceria agressiva e uma postura de pilotagem estilo corrida, o que lhe confere uma presença marcante. Além disso sob a carenagem, encontra-se um motor de 249 cc com refrigeração líquida que atinge mais de 130 quilômetros por hora (cerca de 81 milhas por hora). Iluminação em LED e freios a disco dianteiros e traseiros são itens de série. O preço de US$ 2.500, o que daria em torno de R$ 14.100 em conversão direta.

Será que essas motos CFLite farão sentido no Brasil?
É uma pergunta justa. Em um mercado exigente, a CFLite pode parecer fora de lugar. Mas com o trânsito piorando, os preços dos combustíveis subindo e mais motociclistas percebendo que uma moto menor e mais leve pode ser melhor para o uso diário, talvez haja espaço para algo assim.