KTM precisa de US$ 600 milhões até de 23 de maio. Bajaj pode ser a salvação

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A KTM precisa de um empréstimo de US$ 600 milhões antes do prazo final de financiamento de 23 de maio. Empréstimo da Bajaj de US$ 632 pode ser a salvação.

No fim de semana, a Bloomberg noticiou que a Bajaj Auto Ltd., porque unidade europeia da empresa indiana e coproprietária da KTM AG, garantiu um empréstimo de US$ 632 milhões com prazo de um ano para manter a empresa em funcionamento. De acordo com o plano de recuperação judicial com o qual a fabricante austríaca de motocicletas concordou, a KTM tem até esta sexta-feira (23 de maio) para depositar aproximadamente US$ 600 milhões junto ao seu administrador judicial. Este empréstimo deve garantir que a KTM consiga honrar esse compromisso financeiro.

O que diz a midia sobre a situação da KTM

Leia mais na Bloomberg (embora o link possa exigir assinatura).

Segundo o site www.rideapart.com que vem acompanhando a situação da KTM, descrevendo as últimas notícias, em parte, assim:

Na semana passada, a Bajaj Auto, por meio de sua filial europeia, anunciou a contratação de um empréstimo sem garantia de 566 milhões de euros (cerca de US$ 632 milhões) junto ao JPMorgan, DBS e Citigroup. No papel, o empréstimo é descrito como sendo para “investimentos”, sem nenhuma menção à KTM nos documentos da bolsa.

Mas sejamos realistas: considerando o momento, o valor e o contexto, não é preciso ser um perito forense para descobrir para onde esse dinheiro provavelmente está indo.

Leia a atualização completa no RideApart para obter mais clareza sobre o futuro da KTM. É um excelente resumo de toda a situação e do que pode acontecer.

A empresa indiana de Bajaj é parceira comercial da KTM desde 2007, inicialmente com uma pequena participação, mas posteriormente crescendo para quase 50%.

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Imagem: KTM

Tentativa frustrada em se reerguer

Rumores sobre as dificuldades financeiras da KTM começaram a surgir há um ano. Portanto com a empresa acumulando um grande estoque de motocicletas não vendidas (das três marcas que controla: KTM, Husqvarna e GasGas). Em resumo, a KTM aumentou a produção de motocicletas na esperança de crescer em torno do pico de atividades ao ar livre impulsionado pela pandemia. Também começou a investir agressivamente no segmento de bicicletas elétricas. Embora as vendas em ambas as categorias tenham crescido por um tempo, as vendas de motocicletas retornaram aos níveis pré-pandemia e o mercado de bicicletas desacelerou ainda mais.

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Além disso, diante de dívidas crescentes, a KTM declarou-se insolvente no final de 2024 e iniciou um processo de 90 dias para regularizar suas finanças. Stefan Pierer, que comprou a KTM da falência no início da década de 1990 e a transformou em uma potência, concordou em deixar o cargo de CEO. Em fevereiro, fecharam um acordo para pagar apenas 30% da dívida aos credores. A empresa pareceu ser salva pelo acordo, e a linha de produção na Áustria voltou a operar. No entanto, isso não durou muito, pois problemas na cadeia de suprimentos e a falta de peças na área de montagem levaram a outra paralisação da produção em abril.

O mês de maio marcado por notícias de que a marca precisava de outra grande injeção de capital para reiniciar as linhas de produção. Durante o fim de semana do Supercross de Salt Lake City, o boato nos boxes era de que a empresa corria sérios riscos.  A menos que conseguisse outra grande injeção de capital, com o prazo final no final de maio se aproximando. Parece que a Bajaj pode ter vindo em seu socorro.

Isso significa que a linha de produção da KTM continuará funcionando sem interrupções? A Bajaj tentará assumir mais controle sobre a direção da empresa? As respostas virão com o tempo.

Autor

  • Diego Pereira (diegocm)

    Diego Pereira (Diego CM), apaixonado por motocicletas, um clássico e experiente viajante que já rodou metade do Brasil sobre duas rodas, com mais de 15 anos criando conteúdo para sites, blogs, Youtube e rede sociais.

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